Saturday, September 30, 2006

Demarquia Já!


Por Margaret Tse *

Com a proximidade do pleito eleitoral e de uma suposta renovação dos poderes legislativo e executivo no Brasil, vem à tona o conceito de Demarquia proposto pelo Prêmio Nobel de Economia Friedrich A. Hayek (1899-1992), em seu livro “A Ordem Política de um Povo Livre” (terceiro volume de “Direito, Legislação e Liberdade”), no qual Hayek contrapõe o conceito de demarquia (demo + archos = governo do povo) ao de democracia (demo + cratos = poder do povo).

Esta concepção de um novo regime político proposto por Hayek significa um regime de governo exercido pelo povo ou regime de governo exercido de forma eqüânime por todos, e um regime no qual a autoridade de cada cidadão retorna as suas mãos e que é exercida através do Estado exclusivamente para fazer cumprir aquelas funções que dependam da ação coletiva organizada da sociedade, onde o governo atuará respaldado exclusivamente no Poder legitimamente adquirido.

A verdadeira democracia não vem da autoridade da maioria, mas sim, da existência de garantias suficientes para que os poderes dos representantes do povo sejam limitados em suas ações coercitivas governamentais. A efetiva separação de poderes torna-se necessária para descentralizar e diminuir o poder do Estado, tornando viável a implantação do genuíno Estado de Direito. A democracia teria então a finalidade de oferecer um procedimento seguro para a sucessão pacífica de governos e de limitar os poderes dos governantes incompetentes.

Em termos de representação política, a história no país nos dá uma lição que as pessoas ainda não aprenderam. A representação não pode funcionar, a não ser que as pessoas representadas participem de alguma forma na atividade de seus representantes.

Segundo o filósofo britânico John Stuart Mill (1806-1873), as instituições representativas têm pouco valor e podem ser um mero instrumento de tirania e intriga, quando os eleitores em geral não estão suficientemente interessados em seu próprio governo a ponto de dar seu voto ou se, ao votar, não são seus sufrágios em favor dos interesses públicos, mas sim os vendem por dinheiro ou votam em conformidade com alguém que sobre eles tem controle ou cujas razões particulares visam o clientelismo.

A ação humana torna-se necessária pois é a resposta dos cidadãos às condições decadentes em que se encontra o país. O homem, ao agir, escolhe; ele age visando alcançar uma situação futura mais satisfatória, portanto a escolha determina todas as decisões humanas. A liberdade de escolha é no fundo um instrumento de progresso, e o progresso decorre das ações do homem, mas não do desígnio do homem. Faça seu voto valer, manifeste a escolha de seus representantes!

* Vice Presidente Executiva do Instituto Liberdade, Conselheira da Associação Comercial de Porto Alegre, Associada do IEE.

Thursday, September 28, 2006

Monólogo de Eldorado

Por Walmari Prata
(Publicado em O Liberal, de 10/04/2006)

Em junho de 1996, eu te perguntava: por que me culpas?

Em nenhum momento desejei os efeitos; buscava defender teus direitos de ir-e-vir, teu patrimônio; na realidade, não precisava ninguém me mandar fazer, a intervenção era e é obrigação constitucional; também para isto me criaste: intervir.

Perguntei também: por que me culpas?

Fui em teu socorro defender-te de sem-terra e principalmente de pseudo sem-terra, que te saqueavam, te aprisionavam, não te deixavam seguir. Fui como estava, sem meios, descoberta, mas fui, precisavas de mim. Acreditei no respeito às Instituições, no temor da força; fui surpreendida, atacaram-me, apedrejaram-me, alvejaram-me, instintivamente reagi, a princípio como força. Depois, a emoção, o medo, o instinto de preservação fizeram parte de meu ser. Agi como células isoladas, deixaram de ser força.

Antes de me julgarem, já havias me sentenciado, mesmo na hipótese da condenação jurídica. Observa que será julgada uma falange do meu ser. Como podes generalizar?

- Continuei te perguntando: por que me culpas?

- Procuraste ver a causa de tudo isso e de muito mais?

- Observaste que eu atuo nos efeitos, e não nas causas?

O raciocínio lógico nos leva a acreditar que as instituições governamentais, ao deixarem de propiciar as condições básicas para que o cidadão consiga a felicidade própria e de sua família, na ocasião em que lhes dificulta a habitação, saúde, educação e o trabalho, e na ocasião em que permitem escândalos financeiros impunes; o perambular de crianças, velhos e doentes a dormir em quiosques ou marquises; presídios que não reabilitam e o latifúndio improdutivo ajudam a transformar o cidadão em delinqüente, que acaba em confronto comigo. Nesta ocasião, vocês (sociedade) esperam que sejamos psicólogos, médicos, assistentes sociais, comunicólogos, negociadores etc.

Somos apenas parte de uma instituição e sofremos as mesmas influências do meio que todo cidadão sofre.

- Antes de eu (instituição) intervir, alguém ou alguma outra instituição já falhou.

- Repetidamente te perguntei: por que me culpas?

- Eu represento vocês, sou um espelho do que vocês são, sou formada por vocês.

Em minhas hostes existem filhos de governadores, irmãos de deputados, filhos de juizes e desembargadores, filhos de operários, advogados, católicos, umbandistas, gente que mora bem, muita gente que mora mal, gente ruim e muita gente boa.

Também buscamos a felicidade e temos as mesmas necessidades e dificuldades de você, comunidade amiga. Somos você (comunidade), adestrada em segurança, a serviço de todos nós. Cada comunidade tem a instituição que merece: mansa se for mansa, educada se for educada, valente se for valente. Viemos de vocês.

Na realidade, precisamos urgente de uma reestruturação geral, a começar pela família, que, desestruturada por diversos fatores, não consegue dar aos seus membros o embasamento formador do caráter e personalidade, propiciando futuros homens, formadores de novas famílias, sem o conhecimento dos preceitos legais que norteiam uma sociedade sadia.

E, finalmente, ainda te perguntei: por que me culpas?

- Sempre que me chamas, bem ou mal, vou em teu socorro.

- Faço o que posso e atuo com o que tenho e sempre em teu benefício.

- Estou a te proteger quando peregrinas em teu ato de fé durante o Círio de Nazaré.

- Estou a te proteger quando vais ao campo, torcer com emoção para que teu time seja campeão.

- Estou a te proteger, quando de férias partes para Salinas, Mosqueiro ou Marudá, tudo para te agradar.

- Estou a te proteger quando anoitece e dormes, quando arranco de minhas veias o sangue milagroso e, como num ato de amor, ofereço a ti teu filho ou teu esposo.

- Não estou mais contigo porque sou pequena, e os meios são limitados para um Estado tão grande.

- Fique certa, parceira comunidade, que sofro por tuas necessidades, teus desejos, tuas aflições, tuas preocupações. Tudo o que te atinge também me atinge.

Eu sou a Polícia Militar do Estado, eu sou você. Por que me culpas?

A estas perguntas, ninguém até então dava as respostas. Entretanto, como parte da instituição e da comunidade, sabíamos e sentíamos a necessidade de alguém fazê-lo, era questão de tempo e sentimento, elas (respostas) teriam de vir de qualquer jeito. Hoje, antes de me mandarem agir, sempre se perguntam como vou, por que vou, por onde vou e outros questionamentos técnicos inerentes a toda a ação, bem diferentemente da ordem do CIAC no caso Eldorado.

Hoje, estou mais estruturada em equipamentos e uso de assessoramento técnico, necessário para ir em atendimento da sociedade ou da justiça. Fui reestruturada. Todos podem observar que os investimentos em segurança pública são diretamente proporcionais ao crescimento de uma comunidade desassistida pelo Poder Público.

Hoje, a sociedade se articula criando entidades como Avao, Grupo Semear e tantos outros, e o governo cria a Fábrica Esperança, restaurante popular e outros. Esta é a parte, o começo das respostas que estimulará outros a tomarem o mesmo caminho em benefício do menos assistido, dificultando assim o alçar de vôo do Falcão.

Muito ainda se precisa fazer em investimentos, mas hoje, com essas ações já implementadas e comuns ao governo e à sociedade, temos certeza de que o câncer social (violência) foi diagnosticado no nascedouro e o remédio agora é conhecido de todos. Precisamos nos unir para aplicá-lo.

Minha esposa é voluntária da Avao. Em sua camisa rósea, leio sempre uma mensagem que pode muito bem ser aproveitada por todos os que buscam combater no nascedouro a violência. Diz a mensagem: 'Quando todos se unem, a fé aumenta e a dor diminui'.

Walmari Prata Carvalho
Coronel da Polícia Militar do Estado
walmariprata@hotmail.com
Belém

Thursday, September 21, 2006

Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte IBGE

Por Ricardo Bergamini

Base: Agosto de 2006

Em agosto, desocupação foi de 10,6%

Em agosto, a taxa de desocupação no conjunto das seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE foi estimada em 10,6%, ficando estável em relação a julho (10,7%). Já em relação agosto do ano passado, quando a taxa foi de 9,4%, houve alta de 1,2 ponto percentual. O contingente de desocupados1 (2,4 milhões) permaneceu estável na comparação mensal, mas em relação a agosto de 2005, a expansão foi de 17,2%, o que representa, aproximadamente, mais 355 mil pessoas procurando trabalho. Já o rendimento médio da população ocupada (R$ 1.036,20) cresceu 0,7% em agosto, após cair 0,7% em julho. Em relação a agosto de 2005, o rendimento da população ocupada cresceu 3,5%.

A PME revelou que, em relação ao mesmo mês do ano passado, foi registrado um crescimento de 2,2% no número de pessoas em idade ativa, apontando um contingente de 39,7 milhões de pessoas no agregado das seis regiões metropolitanas em agosto. A pesquisa registrou aumento na taxa de atividade (57,6%) na comparação anual (1,1 ponto percentual).

Em relação à população ocupada (20,5 milhões), a pesquisa apontou aumento na comparação mensal (1,1%), ou mais 226 mil pessoas ocupadas em um mês. Em relação a agosto do ano passado a ocupação cresceu 2,8%.

O emprego com carteira de trabalho assinada no setor privado, em relação a agosto de 2005, cresceu 5,9%. São aproximadamente mais 472 mil ocupados inseridos desta forma no mercado de trabalho. No agregado das seis regiões, na comparação mensal, apenas o grupamento de atividade outros serviços apresentou alteração, crescendo 2,5%. Na comparação anual, destacam-se o desempenho dos grupamentos de atividade comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis e serviços doméstico e outros serviços que apresentaram crescimento de 4,2% no contingente de ocupados.

Regionalmente, na comparação com julho, foi observada estabilidade em todas as regiões pesquisadas. No confronto com agosto de 2005, duas regiões metropolitanas apresentaram alteração neste indicador: Recife (de 13,4% para 14,9%) e São Paulo (de 9,4% para 11,6%). Nas demais regiões o quadro foi de estabilidade.

População em Idade Ativa (PIA)

Em agosto, foi estimado pela Pesquisa Mensal de Emprego um contingente de aproximadamente 39,7 milhões de pessoas em idade ativa (pessoas de 10 anos ou mais de idade) para o conjunto das seis regiões metropolitanas. Esta estimativa apresentou alta em relação a julho. Na comparação com agosto de 2005, o aumento foi de 2,2%, ou seja, um acréscimo de 849 mil pessoas em idade ativa.

Na análise por sexo, constatou-se que as mulheres representavam, em agosto de 2006, a maioria da população em idade ativa (53,4%), enquanto os homens, 46,6%. A população em idade ativa estava distribuída, segundo a faixa etária, da seguinte forma: 9,7% de 10 a 14 anos, 5,8% de 15 a 17 anos, 14,8% de 18 a 24 anos, 44,4% de 25 a 49 anos e a população de 50 anos ou mais representava 25,3%. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, representava, em agosto de 2006, 18,7% da PIA.

Pessoas Economicamente Ativas (PEA)

O contingente de pessoas na força de trabalho foi estimado, para o agregado das seis regiões, em agosto de 2006, em 22,9 milhões, apresentando alta em relação a julho (1,0%). Na comparação com agosto de 2005 também foi registrado crescimento (4,2%), ou seja, 913 mil pessoas.

Regionalmente, na comparação com julho, foi constatada estabilidade no contingente de pessoas economicamente ativas em todas as regiões metropolitanas pesquisadas. Frente a agosto de 2005, foi verificada variação nas regiões metropolitanas de Recife (2,9%), Belo Horizonte (8,9%), Rio de Janeiro (3,2%), São Paulo (4,6%) e Porto Alegre (3,3%). Salvador não apresentou alteração. Ainda em agosto de 2006, constatou-se que os homens continuavam a representar a maioria da população economicamente ativa (54,5%).

Foi observada estabilidade na taxa de atividade (57,6%) (proporção de pessoas economicamente ativas em relação ao número de pessoas de 10 anos ou mais de idade) em relação a julho de 2006 (57,2%). No confronto com o mês de agosto de 2005 (56,5%), o movimento foi de alta (1,1 ponto percentual).

Regionalmente, em relação ao mês anterior, a taxa de atividade apresentou estabilidade em todas as regiões. Na comparação anual foram verificadas alterações nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (de 55,9% para 59,5%) e do Rio de Janeiro (de 53,9% para 54,9%), as demais regiões não registraram movimentação.

População Ocupada (PO)

Em relação a julho, o contingente de ocupados cresceu 1,1%, o que representa 20,5 milhões em agosto de 2006. No confronto com o mesmo mês do ano anterior, a população ocupada também cresceu 2,8%.

Regionalmente, em relação a julho de 2006, houve variação significativa na população ocupada apenas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (1,6%). Na comparação anual, as Regiões Metropolitanas de Belo Horizonte (8,4%), Rio de Janeiro (2,4%), São Paulo (2,2%) e Porto Alegre (2,5%) apresentaram alteração no contingente de ocupados. Considerando o nível da ocupação2 (51,5%), houve elevação frente a julho no total das seis regiões (0,4 ponto percentual) e na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (0,7 ponto percentual). Na comparação anual foi registrada movimentação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (3,1 ponto percentual).

A pesquisa mostrou que os homens representavam, em agosto de 2006, 55,7% da população ocupada, enquanto as mulheres, 44,3%. A população de 25 a 49 anos representava 63,2% do total de ocupados. A pesquisa revelou também, que o percentual de pessoas ocupadas em agosto de 2006 com 11 anos ou mais de estudo era de 51,7%.

Análise dos resultados com relação aos principais Grupamentos de Atividade.

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, 17,3% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável tanto em relação a julho de 2006 quanto em relação a agosto de 2005.

Construção, 7,0% da população ocupada. No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade.

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, 19,6% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável em relação a julho de 2006 e apresentou movimentação positiva em relação a agosto de 2005, (4,2%).

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 14,1% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade manteve-se estável nas comparações mensal e anual.

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, 15,8% da população ocupada. No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade.
Serviços domésticos, 8,4% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade no total das seis regiões manteve-se estável em ambas as comparações.

Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), 17,1% da população ocupada. O contingente de ocupados deste grupamento de atividade registrou movimentação positiva frente a julho (2,5%) e em relação a agosto de 2005 (4,2%).

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros), 41,2% da população ocupada. Em relação a julho de 2006, o contingente de trabalhadores nesta forma de inserção no mercado de trabalho apresentou estabilidade. Frente a agosto do ano passado ocorreu variação positiva de 5,9%, ou seja, aumento de aproximadamente 472 mil pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada.

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros), 14,9% da população ocupada. O contingente de trabalhadores nesta forma de inserção apresentou estabilidade em ambas as comparações.

Trabalhadores por conta própria, 18,8% da população ocupada. Foi verificada estabilidade no contingente de trabalhadores nesta forma de inserção nas comparações mensal e anual.

RENDIMENTO MÉDIO REAL

Em agosto, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores nas seis regiões metropolitanas foi estimado em R$ 1.036,20, apresentando alta de 0,7% em relação a julho último. Na comparação com agosto de 2005, o quadro foi de recuperação (3,5%).

Em relação a julho, houve recuperação em todas as regiões metropolitanas: Recife (0,4%), Salvador (1,8%), Belo Horizonte (0,5%), Rio de Janeiro (0,9%), São Paulo (0,4%) e Porto Alegre (1,1%). Na comparação anual, o comportamento foi de elevação em todas as seis regiões: Recife (2,6%), Salvador (4,0%), Belo Horizonte (5,7%), Rio de Janeiro (3,3%), São Paulo (3,8%) e Porto Alegre (3,7%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação MENSAL.

No rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, foi verificada estabilidade com o rendimento médio sendo estimado em R$ 1.047,70. Nas regiões metropolitanas de Recife (3,1%), Salvador (1,1%), Belo Horizonte (0,4%) e de Porto Alegre (2,2%) houve recuperação no rendimento desta categoria. Nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo o quadro foi de estabilidade.

No rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, foi assinalada variação positiva no rendimento médio, estimado em R$ 697,20 em agosto de 2006 ante R$ 681,48 em julho de 2006 (variação de 2,3%). Nas regiões metropolitanas de: Salvador (4,2%), Belo Horizonte (5,1%), Rio de Janeiro (6,5%) e São Paulo (1,6%) o quadro foi de ganho nesta estimativa. Apenas em Recife foi verificado declínio (-8,6%) e Porto Alegre permaneceu estável.

No rendimento dos trabalhadores por conta própria, houve variação negativa de 1,2%, com o rendimento médio passando de R$ 801,16 para R$ 791,70. As regiões metropolitanas de: Recife (-7,2%), Salvador (-1,5%) Belo Horizonte (-3,1%), Rio de Janeiro (-2,3%) e Porto Alegre (-2,7%) registraram perda. Enquanto a região metropolitana de São Paulo (0,4%) apresentou ganho no rendimento nesta forma de inserção no mercado de trabalho.

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação ANUAL

O rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, estimado em R$ 1.047,70 apresentou recuperação de 2,8% em relação a agosto de 2005. Os trabalhadores das regiões metropolitanas de: Salvador (3,6%), Belo Horizonte (0,5%), Rio de Janeiro (5,4%), São Paulo (3,2%) e Porto Alegre (3,5%) registraram ganho no rendimento. Recife (-0,4%) apresentou declínio.

O rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado apresentou recuperação de 5,3%, passando de R$ 661,92 para R$ 697,20. Os trabalhadores das regiões metropolitanas de Salvador (13,3%), Belo Horizonte (4,8%), Rio de Janeiro (1,6%) e São Paulo (10,1%) tiveram recuperação no rendimento. Recife e Porto Alegre registraram queda (2,6% e 4,4%, nesta ordem).

O rendimento dos trabalhadores por conta própria apresentou estabilidade. Foi registrado declínio nas regiões metropolitanas de: Recife (6,6%), Salvador (6,3%), Belo Horizonte (1,1%) e São Paulo (2,1%). Rio de Janeiro (1,9%) e Porto Alegre (8,6%), apresentaram recuperação no rendimento.

Análise do Rendimento Médio dos Trabalhadores por Grupamento de Atividade

Na comparação com julho de 2006, verificou-se:

alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividade: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (0,7%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis e serviços doméstico (4,0%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação (1,5%) e educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (0,7%).

queda no rendimento dos trabalhadores na construção (-3,8%) e em outros serviços (-0,9%).

estabilidade no rendimento médio real habitual dos trabalhadores em serviços domésticos.

No confronto com agosto de 2005, verificou-se:

alta no rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos seguintes grupamentos: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (3,6%); comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (3,7%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação (3,3%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (3,6%); serviços domésticos (9,9%) e outros serviços (4,6%).

queda no rendimento médio real habitual dos trabalhadores na construção (-1,5%).

1Foram classificados como desocupados por não estarem trabalhando, estarem disponíveis para trabalhar na semana de referência e terem tomado alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.

2Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Monday, September 18, 2006

Árvore com Pé de Barro

Por Walmari Prata Carvalho
Estando eu, já saturado e com os sentimentos emotivos sublevados, por encontrar-me em uma enorme fila, para troca de meu título eleitoral para o município de Belém, não agüentei mais, a defesa ferrenha que determinado cidadão que chamaremos de “José Manta” fazia de Lula, e passei a questioná-lo para verificar até onde iria sua credibilidade no líder político.
Camarada não votei em Lula e agora é que não voto mesmo, como você aceita e defende um líder que:
1. Permite a quebra de sigilo bancário de um caseiro desconhecido ao arrepio da lei (Francenildo).
2. Não permite a quebra de sigilo bancário de seu amigo pagador de suas contas (Paulo Okamoto).
3. Tenta censurar a imprensa e à produção cultural do País.
4. Tenta desarmar a sociedade, sem resolver primeiro o contrabando de armas, o narcotráfico e a guerrilha urbana, que prolifera nas favelas e palafitas onde os pobres e menos favorecidos, são obrigados à morar por falta de opção.
5. Transforma o MST, de um movimento legitimo em fora da lei, onde à invasão de propriedade, destruição do patrimônio, saques, uso de armas e violência passam a ser seus lemas.
6. Agride aos Estados, que não siga sua cartilha, deixando de repassar-lhes verbas de direito, no caso como exemplo a compensação de exportação (Lei Kandir) e outros.
7. Assume compromisso com os aposentados e não os cumpre.
8. Usa do capital para conseguir seus intentos, não respeitando nem mesmo os poderes, pois, procura unir o Executivo, o Legislativo e o Judiciário nas mesmas salas, buscando o enfraquecimento da independência entre eles.
9. Diz nada saber e nem conhecer de ações nefastas de seus companheiros de partido, ministros e de amigos particulares, quando tais ações são do conhecimento de todos.

Perguntei ao ferrenho defensor de Lula, o que me dizia de tais fatos dentre tantos outros existentes; de bate pronto, respondeu-me que seu líder, não tinha feito nada disto, e que nada sabia, e que o acusavam em razão do mesmo ser ÁRVORE QUE DÁ FRUTO e que tem voto; observando o radicalismo de “José Manta” e para evitar celeuma, calei-me naquele momento, e aproveito este espaço, para lhe dizer e a todos o seguinte: “Observe camarada “José Manta”, que por muito menos houve o Ipítimam de Collor; não sei como os cara pintadas ainda não entraram em ação”.

Realmente você tem razão em definir se líder como ÁRVORE QUE DA FRUTO, pois seu tronco deu-lhe a textura da face.

Nunca pretendi questionar a capacidade de voto de seu ídolo político. Questionei e questiono os meios empregados para conseguir esses votos e para se perpetuar no poder.

Sabemos perfeitamente, que o sustentáculo político da aprazível ÁRVORE FRUTIFERA como você definiu, localiza-se hoje, nas periferias das cidades, na classe menos favorecida, e que dependem de programas assistencialistas, que lhe propiciam o retorno minguado de migalhas financeiras, ou de cestas básicas, sem entretanto dar-lhes o emprego, o que os liberariam do cabresto.

Quero lhe dizer camarada “José Manta” que todos que não usam cabresto, que sabem discerni o certo do errado, que não se deixam levar por tapinhas nas costas, que não precisam de alguém para pagar-lhes remédios ou pingas, que não precisam invadir terras e sim ser assentado; hoje já sabem perfeitamente e conhecem os saborosos frutos da ÁRVORE LULA em questão, e o discimular adocicado de seu sabor, entretanto, os anos de ENGÔDO; DE CORPORATIVISMO; DE CAIXA 2; DE DITADURA BRANCA; DE MENSALÃO; DE NÃO VI, NÃO SEI, NÃO OUVI; que nos levaram ditatoriamente a digerir referido fruto, nos dá a certeza do DISSABOR NA OCASIÃO DO ATO FISIOLÓGICO FINAL.

A PERENIZAÇÃO política da ÁRVORE LULA, foi bem explorada e mesmo calçada em expurios caminhos, deu os frutos para a destinação final que foi o voto, neste campo, parabéns, para você e para seu ídolo os fins justificam os meios; mas hoje, todos nós já sabemos dos meios empregados por aqueles que plantaram esta árvore, e infelizmente para você, o CONSTINUISMO POLÍTICO do CLOROFILICO VEGETAL não vingara mais.

Não lhe digo que do suco da fruta da ÁRVORE não beberei, entretanto, para que isto aconteça, é necessário que o ácido da incerteza, da falsidade, do embuste, da deslealdade, do corporativismo, da corrupção, sejam decantados do conteúdo do referido suco.

Companheiro “José Manta” no PT existem muitas pessoas sérias e competentes, mas seu líder político mostrou o PÉ-DE-BARRO que sempre teve. No momento existem, outras árvores com sucos mais puros, cuja safra, esta prevista para outubro de 2006, é só procurar e beber; porque você companheiro não experimenta também outro sabor.
E-mail: walmariprata@hotmail.com

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